Literaturoznawstwo

AQUELE BÁRBARO SOTAQUE POLONÊS. ZIEMBIŃSKI NOS PALCOS BRASILEIROS

Aleksandra Pluta
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Opis

 Warszawa 2015, s. 335, nlb. 1.
Aleksandra Pluta nasceu na Polônia em 1984. Mestre em Jornalismo pela Università La Sapienza em Roma, com pós-graduação em Protocolo Diplomático pela Pontificia Universidad Católica de Chile. Autora dos livros: “Na onda da história. Imigração polonesa no Chile” (2009), “Raul Nałęcz – Małachowski. Memórias de dois continentes” (2012) e “Andrés, uma vida em mais de 3000 filmes” (2013).

Foi outro dia mesmo que Ziembinski chegou ao Rio de Janeiro – de passagem para os Estados Unidos – trazendo como únicas armas, ao lado da sua carteira de emigrante, uma língua arrevesada que ninguém entendia (e que até hoje constitui uma das diversões prediletas dos colegas quando ele enumera nomes de artistas ilustres da sua terra natal) e uma tradição de teatro estranha a nossa. 
Ainda nos lembramos das primeiras notícias, circulando incredulamente entre os entendidos, sobre a chegada de um polonês fabuloso, que tinha todo um espetáculo dentro da cabeça antes que se fizesse o menor ensaio ou se batesse o primeiro prego do cenário, e que até se dera ao luxo, jamais conhecido, de promover 134 mutações de luz – ou eram 268? – dentro de uma única representação – Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues. 
Lembramo-nos também da emoção com que acorremos ao Municipal, uma tarde, para nos certificarmos de que o fenômeno existia mesmo: lá estava um homem de óculos, diante de um microfone, a dar ordens aos eletricistas com a paciência, o método e a precisão de um grande general diante de um pobre batalhão de recrutas. Em quatro horas, as famosas mutações de luz estavam prontas e o espetáculo ia começar. Zbigniew Ziembinski não só existia como até funcionava!1


1 PRADO, D. A. Apresentação do teatro brasileiro moderno. São Paulo: Perspectiva.

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